As soluções em Cloud têm despontado como protagonistas no contexto atual. Saiba quais são as vantagens que a tecnologia garante aos negócios
A pandemia acelerou muitos processos e, com isso, evidenciou a importância de tecnologias específicas para alavancar os negócios. Migrar para nuvem, por exemplo, foi um tema bastante falado nos últimos meses. Isso porque as soluções baseadas em Cloud suportaram o trabalho remoto e ainda potencializaram os e-commerces nos meses de isolamento social.
Na fase atual, entretanto, os recursos continuam como pilares de uma atuação mais digitalizada, como o momento exige. Por isso, para falar de todas as especificidades que envolvem o tema, a Vivo Empresas realizou um webinar com diferentes especialistas. A ideia é desmistificar o assunto, mostrando os benefícios que a abordagem proporciona às empresas.
O bate-papo contou com a presença de Raimundo Neto, consultor de produtos da Vivo Empresas, Edivaldo Correia, gerente sênior B2B Vivo, e Luís Medeiros, gerente sênior de pré-vendas da TCS. A mediação ficou sob responsabilidade de Carlos Aros, diretor de conteúdo da Jovem Pan News.
Neste artigo, você verá os principais tópicos que foram debatidos e ainda terá acesso ao encontro virtual na íntegra. Saiba também:
• Por que migrar para nuvem
• Como começar esse processo
• De quais formas Cloud garante inovação à empresa
• Por que este modelo é essencial para a transformação digital
Por que migrar para nuvem
Edivaldo Correia começou o bate-papo ressaltando a principal característica das soluções baseadas em Cloud. “Migrar para nuvem implica em redução de tempo, que no universo corporativo significa economia”, ressaltou. Ele evidenciou esse benefício justamente porque, no passado, instalar um sistema operacional, por exemplo, poderia demorar dias e até semanas.
Com a abordagem, entretanto, é possível realizar tarefas, como a duplicação de uma máquina, com apenas um clique. “Conseguimos transformá-la de física para virtual (e vice-versa) entre dois e quatro minutos”, comentou.
Essa característica, segundo ele, implica em ganhos financeiros. Aliás, tal economia ainda é potencializada pela elasticidade que a tecnologia proporciona. “Por ser um produto elástico, você sabe exatamente quando colocar esse recurso, qual é a solução ideal para ampliar a atuação online e quanto custa a mais do OPEX ou CAPEX. Por isso é muito difícil sobreviver sem Cloud hoje em dia”, explicou o executivo.
Durante a pandemia, as necessidades de implementação de um modelo de computação em nuvem foram potencializadas. De acordo com Luís Medeiros, as companhias enfrentaram três grandes desafios nessa etapa:
Garantir a liquidez;
Remodelar processos para assegurar a continuidade das ações;
Adaptar-se às mudanças do mercado.
Quando todas essas questões chegam à área de TI de uma empresa, por exemplo, podem ser traduzidas em uma necessidade de flexibilidade bem grande. Por isso, devido à elasticidade que garante, a nuvem foi o caminho encontrado por muitas organizações para terem acesso às tecnologias necessárias de um modo econômico.
Migrar para nuvem é uma necessidade
Carlos ressaltou que o “novo normal”, termo usado para classificar as mudanças sofridas com a pandemia, deve incluir as soluções de Cloud. Aliás, segundo ele, elas já deveriam ter sido previstas antes mesmo desse período. “A crise é uma onda que está arrastando para a nuvem, com bastante intensidade, os negócios que ainda não estavam nela”, disse.
Para Neto, além dos ganhos operacionais, a abordagem ainda ajuda a reforçar a segurança dos colaboradores. Isso porque viabiliza a atuação remota, evitando aglomerações dentro das estações de trabalho. “Aplicações e servidores rodando internamente exigem uma preocupação extra com hardware, fazendo com que profissionais internos e externos circulem pelos espaços físicos. O uso da nuvem pode, portanto, reduzir essa necessidade”, explicou.
Ao virtualizar os processos, as equipes de TI ainda podem se concentrar em ações mais estratégicas para a empresa. Ou seja, ao contratar um serviço de nuvem, diferentes questões técnicas serão de responsabilidade dos provedores do serviço, o que otimizará o trabalho das equipes internas.
Isso também implica em economia para as empresas. O motivo é simples: quando o trabalho de gerenciamento dos recursos acontece internamente, as equipes precisam ter as habilidades necessárias para desempenhar esse papel. E são muitas skills, tendo em vista a constante atualização de softwares e sistemas.
Por isso, investir em treinamentos constantes pode sair caro e contribuir pouco para a estratégia da companhia. A migração, portanto, reduz o leque de competências que a TI precisa ter, uma vez que as responsabilidades serão transferidas para a nuvem e seu o provedor, que tem as ferramentas necessárias para monitorar e gerenciar com competência a sua infraestrutura.
“Já que algumas delas foram transferidas para gestores da nuvem, por que não investir em certificações para a sua equipe? Os recursos serão utilizados de uma maneira mais sábia, para manter, desenvolver e ampliar o core business da empresa”, enfatizou Neto.
Os especialistas concordaram que o primeiro passo para migrar as cargas de trabalho para a nuvem é construir uma estratégia robusta e eficiente. “É importante pensarmos nos objetivos do negócio, ou seja, naquilo que buscamos atender. Assim, estruturamos um plano de como chegar lá”, destacou Neto.
Segundo Carlos, diferentes pesquisas feitas por instituições renomadas, como Gartner e McKinsey, por exemplo, já mostraram que a visão dos gestores sobre o tema mudou. “Muitos já enxergam a nuvem como estratégica para o negócio”, comentou.
Trata-se de um excelente ponto de partida, na opinião de Edivaldo. Agora, é preciso consolidar esse desejo de mudança com base em um bom planejamento. “Se eu não tiver um, certamente escolherei a plataforma errada, com a elasticidade errada. Então, vou ter uma performance negativa”, ressaltou.
Ao identificar as necessidades, a empresa consegue implementar as soluções com maior assertividade. “É preciso olhar as ambições, os objetivos, as expectativas e qual a visão organizacional”, comentou Raimundo. Dessa forma, custos são reduzidos e serviços otimizados. Trata-se de uma excelente combinação para ter uma jornada de digitalização consistente.
Se um negócio possui uma sazonalidade de demanda computacional, por exemplo, ter uma infraestrutura física implica em fazer investimentos contínuos em recursos que serão usados apenas em situações de pico. Ou seja, você paga sempre um custo adicional, tanto de software quanto de hardware, somente quando precisa suprir demandas específicas.
“Nesse sentido, utilizar os serviços em nuvem traz eficiência operacional e em custo, pois é possível pagar apenas o que está utilizando. Aliás, ainda dá para programar um auto scaling para que os recursos computacionais se ajustem automaticamente para atender qualquer sazonalidade”, explicou Neto.
Migrar para nuvem tem sido recorrente no universo corporativo, porém a pandemia acelerou muitos processos que estavam em curso. Dessa forma, as companhias puderam identificar as vantagens de virtualizar diferentes atividades e recursos.
Matéria originalmente publicada Por Juliana Duarte, para o
Blog Vivo meu Negocio
Como a nuvem contribui para a inovação
Para Medeiros, o uso da nuvem costuma trazer grandes ganhos para empresas que adotaram métodos ágeis de trabalho. “Esse modelo está diretamente ligado à inovação, que implica em experimentar soluções. E a nuvem permite essa experimentação com maior facilidade”, disse.
É possível, por exemplo, testar novas ferramentas com bastante flexibilidade. “Conseguimos fazer pilotos de produtos novos de uma forma mais simples, uma vez que a cloud quebra o paradigma de haver barreiras de entradas altas para experimentar tecnologias de ponta”, ressaltou.
Segundo ele, a nuvem permite criar ambientes isolados, baseados em dados. Sendo assim, equipes ágeis podem trabalhar separadamente dentro desses ambientes. “Atuamos em células, seja nas aplicações ou na infraestrutura. A Cloud nos permite realizar as tarefas de forma ágil, com foco na inovação”, explicou.
Nuvem é uma etapa da transformação digital
“Ao migrar para nuvem a transformação digital da minha empresa estará completa?”, questionou uma das espectadoras do webinar. A resposta de Correia foi esclarecedora: essa jornada é composta por vários itens e etapas. “Porém, há uma palavra-chave que é fundamental antes mesmo de escolher plataformas e profissionais: a cultura”, ressaltou.
Segundo ele, a empresa precisa ter essa cultura no mindset. “A migração é um dos passos mais importantes, mas a transformação vai muito além dela”, comentou.
Um ponto importante, na visão de Medeiros, é que antes da pandemia, as companhias estavam acostumadas com o processo de “as is” (o que somos agora) para “to be” (o que queremos ser). Toda a situação ocasionada pelo coronavírus, entretanto, mostrou que é fundamental ser digital agora — e não direcionar as mudanças para o futuro.
E a nuvem, de acordo com ele, é a fundação para esse processo de transformação. “Vemos muitos clientes que estão com uma série de gargalos. Alguns pensam se o legado deles irá funcionar em uma nuvem, por exemplo. Mas se eles não começarem a testar, ficarão sempre com esse medo. A boa notícia é que há diversas ferramentas para fazer a mudança de uma forma rápida”, explicou.
Em relação à segurança, as empresas precisam estar cientes de que a responsabilidade é compartilhada. Ou seja, boa parte deve ser feita pelo provedor do serviço, mas a própria empresa também desempenha um papel importante. “Em algum momento ela precisará ter uma credencial para acessar, por exemplo. Assim, podemos dizer que hoje os dados estão bastante seguros”, finalizou Neto.