PMEs de materiais de construção: macrotendências para 2024
Se você é pequena e média empresa de comercialização de materiais de construção, entende a necessidade de estar por dentro de informações relevantes sobre o comportamento do mercado a partir da observação de cenários e tendências.
Seja em regime de varejo, atacado ou “atacarejo”, estar alerta às movimentações do setor é necessário para que:
- As composições de preço no ponto de venda e as negociações com os fabricantes tenham um balizamento mínimo;
- A loja saiba quais produtos estão com tendência de queda de preços, ajudando na análise da composição do estoque mínimo;
- A loja fique atenta para não promover reajustes lineares, correndo o risco de perder vendas;
- E para que não pratique preços de ponta defasados que possam prejudicar a margem bruta do negócio.
O início de 2023 deu um novo respiro para essa indústria, que se preocupava com os impactos dos insumos. De acordo com a área econômica da Câmara Brasileira de Indústria da Construção (CBIC), no primeiro trimestre do ano passado, o custo com alguns materiais e equipamentos mostrou-se modesto em termos de aumento.
Para a revenda de materiais, o cenário macro, em princípio, já parece estar se recuperando do período mais crítico, mas algumas dúvidas ainda vêm mexendo com o sono de alguns gestores: como os preços vão se comportar caso a inflação não recue em maior velocidade? O nível de atividade vai aumentar ou estabilizar neste ano?
Para responder a essas e outras perguntas, este conteúdo pretende te mostrar também:
- Entendendo a cadeia produtiva do setor
- Macrotendências 2024 para os níveis de serviços
- Macrotendências 2024 para bens e insumos comercializados
O domínio da cadeia produtiva do setor:
Segundo especialistas, gestores de pequenas e médias empresas do setor de materiais de construção precisarão entender cada vez mais o papel da oferta de insumo no local onde ele é demandado.
E isso porque essa oferta tende a gerar investimentos e fluxo significativo de informações técnicas, colaborando para uma postura mais competitiva dos elos da cadeia de fornecimento como um todo.
Nesse cenário, ainda que o empresário atue “na ponta” de uma cadeia de suprimentos, exercendo o papel de comercialização para o consumidor final (B2C) ou para os pequenos construtores e arquitetos (B2B), é importante que ele procure:
- Entender a extensão de uma cadeia produtiva e seus elos;
- Manter-se informado sobre os requisitos do mercado e do comportamento dos elos da cadeia no que diz respeito à conformidade em relação às normas técnicas, qualidade do produto, sistemas de gestão, histórico das condições de preço etc.
Macrotendências 2024: nível de serviços das lojas de material de construção
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil elaborou um quadro de demandas quanto ao nível de serviços que é desejado.
Entre as principais recomendações, o documento pede que o pequeno empreendedor fique atento às macrotendências e que, na medida do possível, as utilize como um projeto de adequação ou melhoria, visando elevar cada vez mais o nível da prestação de serviços, seja no varejo ou no atacarejo. Confira:
Conveniência na compra e na entrega
Já falamos do interesse pelo nível de serviços, principalmente quando ele torna a vida do comprador mais prática. Por isso será necessário permitir que os consumidores possam:
- Ter a possibilidade de comprar pelo site e, tão logo a mercadoria for separada no estoque, já receber instruções para retirar na loja;
- Agendar data e hora de retirada do produto, principalmente se o agendamento se der de forma precisa – o dia e a hora em que o estabelecimento fará a entrega quando o cliente optar por receber em casa ou no local onde o trabalho estiver sendo executado.
Tempo menor entre a compra online e a retirada do produto
No caso dos pedidos feitos pela internet, logo ao concluir a compra, o cliente deseja ter a opção de poder retirar na loja mais próxima ou em algum centro de distribuição perto da residência/obra.
Além disso, há uma demanda que, sendo atendida, poderá gerar valor para o consumidor: fazer a retirada no mesmo dia da compra online ou no máximo a partir de 1 dia útil após a confirmação do pagamento.
Trocas e devoluções:
Apesar de ser uma obrigação norteada pela Política Nacional das Relações de Consumo, esse gesto pode ser visto também como um diferencial em termos de nível de serviços.
O consumidor quer tranquilidade para exercitar o direito de arrependimento, trocas, abatimento proporcional, devoluções e negativas sem justificativas sem passar por constrangimentos. Sempre é importante ter em conta que o Código de Proteção e Defesa do Consumidor é a mediação entre os dois lados e gera bastante valor quando seguido com transparência.
Macrotendências 2024:
em relação aos bens e insumos comercializados.
Para bens e insumos comercializados no varejo e no atacarejo do setor de materiais de construção, o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil destaca:
Produtos que melhorem a sensação de conforto acústico
Tecnologias capazes de atenuar a passagem de ruídos e, assim, proporcionar conforto acústico ao ambiente seguem em alta. Não apenas por conforto, mas também por saúde, as pessoas buscam materiais que consigam isolar ruídos de queda de objetos no sistema de pisos em pavimentos superiores e aqueles capazes de atenuar o incômodo de conversas de festas e som alto, por exemplo.
Nesse sentido, materiais compostos de fibra de carbono ou matriz cimentícia e casca de arroz são boas apostas.
No caso de janelas, segue a tendência de PVC soldado, vidros duplos, duas câmaras na folha e o uso do alumínio com pintura eletrostática, buscando redução de 45 dB em quartos e 50 dB em salas, conforme as normas ABNT NBR 9 10152 versão corrigida: 2020 e NBR 10151.
Soluções que reduzam a transferência de calor.
O conforto volta ao radar, mas desta vez trata-se do alívio térmico que vem da radiação solar direta ou da radiação solar refletida pelo solo e pelas cercanias da área onde está a residência.
Produtos que contribuam de algum modo para a inércia térmica seguem sendo procurados, pois, além do bem-estar, permitem ao consumidor final obter economias consideráveis nos gastos com sistemas de ar-condicionado.
Nesse sentido, as tendências apontam para uso de telhas e painéis de revestimento de paredes com materiais de aglomerado negro de cortiça (ICB), lã mineral (MW) e espuma rígida de poliuretano (PUR).
Produtos voltados para a redução do consumo de energia.
Nas esteira das preocupações com o orçamento, mas também devido ao aumento dos níveis de consciência ambiental, entram em tendência produtos como medidor de gás (natural e GLP) com regulador de pressão, tomadas inteligentes com medidor de consumo e funções redutoras de consumo em freezer e geladeira, chuveiros com pressurizador redutor para conter desperdícios, medidores de corrente, potência e tensão com exibição em tempo real e uso de aplicativos para controle remoto dos dispositivos conectados.
A depender de aspectos regulatórios, fica a expectativa de que, de médio a longo prazo, virem tendência também no varejo os medidores com funções de registro detalhado de kWh consumido e sensoriamento da qualidade da energia na linha dos chamados medidores smart grid.
Materiais 10 compósitos:
Decks de material compósito (complementar aos decks modulares de madeira maciça) para uso em jardins e piscinas.
Os compósitos seguem um processo de compressão que impede a delaminação e também são tendência quanto às telhas desenvolvidas com polipropileno, devido à alta resistência à carga de vento e impacto, mantendo aparência de cedro natural.
Madeiras com tratamento especial.
Madeira com tratamento antiapodrecimento e ação fungicida e inseticida, com soluções que incluem borato de cobre cromatado, filme de infusão processado e retardante de fogo.
Versatilidade no uso do PVC
Polímeros sintéticos como o Policloreto de Vinilo (PVC) utilizados em Guarnições para uso em acabamento externo com arquitetura de alto padrão.
PVC rígido para forros, ocultamento de estruturas de telhado e acabamento interno do teto.
Fitas de borda em PVC ou em poliestireno para funções de acabamento em móveis, tampos etc.
O PME dessa frente:
Em geral, o pequeno lojista de material de construção atua como varejista, com estoque regulado e margem de contribuição unitária estabelecida previamente, levando em conta o poder de compra tanto do consumidor final (B2C) quanto do consumidor B2B (pequenos construtores, pequenos empreiteiros, arquitetos, condomínios etc.).
Nós, da Vivo, entendemos as particularidades desse tipo de negócio: com uma cartela muito ampla de produtos, gestores de PMEs do setor são diariamente desafiados a cumprir com uma gestão cautelosa para se proteger da concorrência natural dos grandes home centers.
A dica de ouro final é contar com o auxílio da tecnologia para tornar sua gestão e a própria operação mais simples e segura. E está aí um eixo que dominamos de trás para frente.
A opção mais efetiva é a utilização de um ERP – software de gerenciamento preparado para automatizar processos, eliminar erros, ganhar eficiência e que ainda consegue te dar uma visão completa do negócio sem cometer deslizes com a tributação. Ao menos se você estiver lidando com o Vivo Gestão de Vendas!
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