Em tempos de crises climáticas e humanitárias, o crescimento das empresas precisa caminhar lado a lado com as práticas da economia sustentável. Afinal, o que está em jogo é a preservação dos ecossistemas, o que impacta diretamente na qualidade de vida do ser humano.
Problemas como aquecimento global, poluição dos oceanos e desmatamento estão mais evidentes do que nunca, demonstrando o quanto é necessário um rearranjo nas relações produtivas. As questões ambientais interferem de forma direta no social, provocando crises migratórias, insegurança alimentar, entre outros prejuízos.
Muitas empresas, ONGs e governos estão cientes desse problema. Iniciativas estão sendo propostas para incentivar práticas sustentáveis, ao mesmo tempo que o mercado consumidor está cada vez mais consciente desses problemas, privilegiando fazer negócios com organizações ecológica e socialmente responsáveis.
Na busca por ações em prol da economia sustentável, as tecnologias digitais surgem como grandes aliadas. Ferramentas de inteligência artificial (IA), dispositivos de Internet das Coisas (IoT), entre outras, estão por trás de soluções inovadoras que proporcionam o uso mais consciente dos recursos naturais.
O que é economia sustentável?
O conceito de economia sustentável é bastante amplo e pode ter alguns entendimentos diferentes, dependendo do autor. No entanto, podemos afirmar que, genericamente, trata-se de uma nova ética nas relações econômicas, pautada no bem-estar das pessoas e na harmonia entre as atividades produtivas e o meio ambiente.
Esse entendimento é uma oposição à economia clássica, na qual o foco são a lucratividade e o crescimento das empresas e dos países. Já na economia sustentável, a expansão das atividades econômicas precisa estar associada com impactos positivos gerados às pessoas, às comunidades e aos ecossistemas.
É por isso que nessa nova abordagem, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) não é considerado o melhor parâmetro de desenvolvimento de uma nação. Afinal, a riqueza de um país nem sempre se reflete na melhoria da qualidade de vida proporcionada a seus habitantes.
Pelo contrário: na visão da economia sustentável, a busca pelo crescimento sem considerar o ser humano pode gerar sérios prejuízos ambientais, aprofundar desigualdades, acirrar o conflito entre países e problemas sociais (como violência e insegurança alimentar), entre outros malefícios.
Assim, essa nova abordagem não é contra o progresso econômico, mas propõe uma nova concepção sobre o bem-estar das populações. A ideia, portanto, é que novas práticas sejam adotadas por negócios e governos para as atividades produtivas caminharem lado a lado com o desenvolvimento humano.
A digitalização das empresas é uma das soluções para esse propósito, visto que a tecnologia pode atuar na redução de desperdícios, promover eficiência energética, encurtar a cadeia de suprimentos, entre outros benefícios.
Organizações que investem em ESG (governança ambiental, social e corporativa) também estão alinhadas com a economia sustentável, pois essa abordagem incentiva que as empresas foquem não apenas no lucro, mas também nos impactos positivos gerados à sociedade.
Importância da economia sustentável
Essa nova maneira de conceber a economia é fundamental para que as nações consigam responder aos inúmeros desafios gerados pelo atual modelo produtivo. Dados de órgãos de atuação global demonstram como o paradigma vigente gera prejuízos ambientais e sociais às populações e aos ecossistemas.
Segundo reportagem de abril de 2022 da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), órgão vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), 99% da população mundial respira ar insalubre, ou seja, que excede os limites de partículas prejudiciais recomendadas pela entidade.
A notícia ainda afirma que, de acordo com a OMS, mais de 13 milhões de mortes ocorridas anualmente em todo o planeta resultam de causas ambientais evitáveis.
Uma iniciativa que ajuda a dimensionar o impacto das questões ambientais é o projeto Earth Overshoot Day (Dia da Sobrecarga da Terra), o qual calcula a data em que o consumo dos recursos naturais em tal ano supera a capacidade regenerativa do planeta. Em 2022, o overshoot day foi atingido em 28 de julho: o 3º pior índice de toda a série histórica.
A economia sustentável também preconiza que as atividades comerciais foquem em atender às necessidades mais urgentes da população, reduzindo problemas como a desnutrição.
Conforme relatório da ONU de junho de 2022, 828 milhões passaram fome em 2021, o que representa 9,8% de toda a população mundial. O órgão também afirma que 29,3% das pessoas ao redor do mundo enfrentam alguma forma de insegurança alimentar.
Esses são exemplos de dados que demonstram a necessidade da mudança de rumo das relações econômicas. Para a economia sustentável, é fundamental que haja um desenvolvimento consciente, com menos desperdício de recursos naturais, redução da emissão de gases poluentes, etc.
Boas práticas de economia sustentável em empresas
Não é de hoje que a busca por desenvolver práticas sustentáveis está no radar de diversas organizações e governos ao redor do mundo. Além da preocupação ética e humanitária, questões mercadológicas também influenciam nessa decisão, visto que a sustentabilidade tem um peso cada vez maior sobre os consumidores.
Segundo o Relatório ESG e Sustentabilidade, da Opinion Box, divulgado em agosto de 2022, 75% dos pesquisados apontam que empresas que aplicam práticas sustentáveis têm mais chances de conquistá-los como clientes.
Outro dado desse estudo mostra que 54% dos entrevistados preferem pagar mais caro por produtos mais naturais e que agridem menos o meio ambiente.
Dessa forma, empresas que apostam na economia sustentável não apenas contribuem para o desenvolvimento, mas também melhoram a reputação no mercado e se tornam mais atrativas aos consumidores.
Como a tecnologia pode ampliar a economia sustentável?
Não há dúvidas de que as tecnologias digitais são grandes aliadas para modelos de produção, distribuição, circulação e descarte de produtos e mercadorias mais sustentáveis. Com conectividade e ferramentas de análise, armazenamento e processamento de dados, inúmeros processos podem ser otimizados visando à máxima eficiência e aproveitamento dos recursos.
Através da Internet das Coisas (IoT), por exemplo, sensores acoplados a máquinas e equipamentos podem monitorar o gasto energético, fornecendo insights para que haja a redução do consumo. É essa a lógica por detrás da solução Eficiência Energética, da Vivo Empresas, que proporciona previsibilidade e diminuição do gasto com energia.
Sensores IoT também auxiliam na redução de custos e melhor aproveitamento da água nas fazendas do agronegócio. Ferramentas de Maquinário Inteligente e Clima Inteligente atuam no monitoramento de parâmetros da frota e do clima, promovendo o melhor aproveitamento da água, melhorando o rendimento do combustível nos veículos, entre outras vantagens.
Já a análise preditiva de programas de Inteligência Artificial e machine learning, suportados pela big data, contribui para que praticamente todo o tipo de negócio tenha um planejamento mais acurado, reduzindo o desperdício com insumos, matéria-prima, evitando a produção excessiva, etc.
Além dessas soluções mais sofisticadas, ferramentas mais simples, como computação em nuvem, podem auxiliar qualquer empresa a tarefas como a digitalização dos documentos. Na área de medicina, inovações como Receita Digital estão sendo utilizadas para reduzir o uso de papel, contribuindo para a sustentabilidade.
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